Serenidade




A serenidade que me guia! 
As vezes tão danada e atrevida  
Quer sempre fugir 
Não sei para onde! 

Sabes de uma coisa?  
Não deixo você fugir 
Ahh não deixo não...

Ahhh.....O que seria de mim sem essa busca incessante por essa tal de serinidade! 

Ah não sei não!

O verdadeiro silêncio


Essa rotina louca que consome!
Tão barulhenta

Ah, esse mundo tão esquizofrénico
Que grita tanto e não tem pudores
É tão sem grandes medidas
Enlouquece e esmurece
Machuca e como desequilibra!!

Ah, esse mundo tão barulhento
Sabe de uma coisa?
Podes fazer o barulho que quiseres
Tão longa a caminhada de aprendiz
Que já deu para entender-te, sigo feliz

Tu bens sabias
Forças reinam a sua presença
Sabedoria vibra na sua vivência
Melodia nasce na sua experiencia

Mas e a vida?
O que és tu sem esse barulho?
Se soubesse o poder do silêncio!
Ah, se você soubesse, não estaria por ai
Vivendo uma rotina tão barulhenta
Sentido falta de sentir!

O verdadeiro silêncio!

Kariny Couto

Não permita

Não permita
Que tirem teu belo sorriso
Não permita
Que machuquem sua alma
Não permita
Que roubem seus lindos sonhos
Não permita
Que sua luz seja apagada
Não permita
Que tirem sua paz

E quando sentir que estais a permitir
Lembra-te...

És responsável por permitir tudo aquilo que te afasta de si mesmo!

Gosto


Gosto da simplicidade, do convite inesperado, da surpresa inusitada, da experiência compartilhada e da conversa aprofundada.

Gosto da sensibilidade, no sorriso suavizado, no sabor adocicado, no olhar aproximado e no desejo despertado.

Gosto da sinceridade, da partilha vivenciada, do sentimento resgatado, da vida caminhada, da memória gravada.

Gosto da intensidade, do desejo partilhado, da vontade libertada, da palavra sussurrada e do momento experimentado.


... sinceramente falando, gosto mesmo daquilo que liberta, transforma e desperta.  


Kariny Couto

Me levas




   E mesmo com a maior das dores, o desejo de silenciar prevalecia
   Sabia que falar, podia ser o maior dos venenos já exalado
   O arder interno era capaz de provocar uma chuva de lágrimas
   Compreender não fazia sentido, levaria ao pecado maior, blasfemar
   Chorar aliviava a ferida,  que se abria e por dentro não cicatrizava
   Tinha encontrado um caminho, mas agora parecia descaminhar
   Perdeu-se e esta a rodar por esse labirinto que não sai do lugar

    E agora? Acaba com essa tontura e apenas me leva para onde devo estar.


    Kariny Couto

Vista da Varanda

Olho  através da varanda, milhares de prédios espalhados, ruas estas que nunca sentiram o sabor do silêncio calado.

Casas com gente, casas vazias, luzes acessas, luzes escondidas, pessoas com histórias, pessoas com vida e até mesmo, pessoas sem vida.


Esse lugar, faz perceber que o silêncio habita, mesmo com o barulho sendo o rumo de muitas vidas.


E esse clima, remete saudades, de um tempo não muito passado, mais de um tempo, que foi uma verdadeira eternidade.


Um tempo onde tudo parecia mais calmo e sensato, de um lugar, onde tudo parecia mais possível e realizável.


Lágrimas, escorrem e descem na mesma velocidade daquele pássaro com vôo alto. Aquele pássaro, para onde vais? Não se sabe, parece tão perdido e desnorteado.


Já é tarde, é tempo de partir. Morre-se mais um dia, para o que o amanhecer traga, a esperança do proseguir da vida.


Kariny Couto

Além

Além daquilo que posso enxergar
Além daquilo que posso sentir
Além daquilo que posso falar
Além daquilo que posso pensar

Estou muito além do que minha mente possa imaginar.

Kariny Couto

Esses





Esses, tem andado muito chão
Tem ido de norte à sul
De leste à oeste
Tem estado parado
Mas na hora certa, continuado

Esses, tem dado voltas e voltas
Caminhado na bamba corda
Por terras secas e molhadas
Curvas pedregosas e afastadas
Enfrentando encruzilhadas

Esses, tem chegado e partido
Titubiado, decolado e subido
Já desacreditou e duvidou
Desfirmou e bambeou
Já caiu, mas em seguida, levantou.

Kariny Couto